O bilionário Elon Musk anunciou sua saída do governo Donald Trump nesta quarta-feira (28), encerrando um mandato de 130 dias à frente do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). O órgão foi instituído pelo presidente com a missão de promover cortes drásticos nos gastos públicos e simplificar a burocracia federal.
A decisão de Musk veio em meio a crescentes divergências internas sobre os rumos da administração. Em comunicado publicado na rede social X, o empresário agradeceu a Trump pela confiança, mas admitiu que “a situação da burocracia federal é muito pior do que eu imaginava”. Segundo fontes próximas, Musk se mostrou frustrado com a resistência estrutural à implementação de suas propostas.
Durante sua breve gestão, o DOGE promoveu cortes severos, incluindo a demissão de milhares de servidores e o fechamento de agências como a USAID. As medidas foram alvo de críticas tanto de parlamentares quanto de setores da sociedade civil, que classificaram a condução de Musk como tecnocrática e insensível a impactos sociais.
Outro ponto de tensão foi o projeto de lei orçamentária batizado de “Big, Beautiful Bill”, proposto por Trump e que previa aumentos em setores considerados estratégicos pelo presidente. Musk teria se oposto frontalmente à medida, por considerá-la incoerente com a agenda de austeridade do DOGE.
Apesar da saída oficial, aliados do governo afirmam que Musk seguirá atuando como conselheiro informal. O vice-presidente J.D. Vance confirmou que o empresário continuará contribuindo com ideias e propostas, especialmente nas áreas de tecnologia e inovação.