Eliminado do Big Brother Brasil (BBB) na última terça-feira, 31, o arquiteto Felipe Antoniazzi Prior foi acusado de ter cometido dois estupros e uma tentativa de estupro, entre os anos de 2014 e 2018. As informações são da revista Marie Claire, que teve acesso exclusivo a um documento que contém acusações formais contra o ex-brother.
Segundo a reportagem, os crimes sexuais teriam sido cometidos durante comemorações dos jogos universitários das faculdades de arquitetura e urbanismo de São Paulo, chamados InterFAU. As denúncias começaram a surgir após a entrada de Prior no reality show, revelando inclusive que o arquiteto estaria proibido de frequentar as comemorações da InterFAU, que foi questionada diversas vezes por seguidores sobre a motivação, mas não haviam se posicionado até então.
Até o momento, nem Felipe Prior e nem a assessoria do ex-BBB se pronunciou sobre o caso. A InterFAU, por sua vez, divulgou, nesta sexta-feira, 3, uma nota oficial explicando o motivo pelo qual Prior foi expulso das demais edições do evento. Segundo a nota da InterFAU, o ex-aluno da Universidade Presbiteriana Mackenzie não poderia ingressar e nem participar de nenhuma das atividades do evento, a partir de outubro de 2018.
“Devido ao recebimento de mais de uma denúncia acusando-o de assédio, além de uma acusação de crime sexual durante o InterFAU de 2018, a Comissão Organizadora, através dos deveres atribuídos à ela, visando garantir a segurança e o bem estar de todos no evento, se reuniu no dia 21 de outubro de 2018, onde foi deliberada a expulsão permanente de Felipe Prior das demais edições do InterFAU”, afirmou um trecho da nota (leia na íntegra abaixo).
A Comunicação da Rede Globo informou à Marie Claire que “é veemente contra qualquer tipo de violência, como se percebe diariamente em seus programas jornalísticos e mesmo nas obras do entretenimento, e entende que cabe às autoridades a apuração rigorosa de denúncias como esta”.
De acordo com a criminalista Maira Pinheiro, advogada das três vítimas que se pronunciaram, o trabalho começou no final de janeiro deste ano, a partir de uma conversa com a primeira vítima.
“Conforme tivemos informações sobre a existência de outras, percebemos que, para que os fatos fossem relatados com a devida profundidade e complexidade, teríamos que fazer uma investigação defensiva abrangente. E assim chegamos à segunda e à terceira vítimas e às demais testemunhas. Tivemos inclusive notícia de pelo menos uma outra, que acabou preferindo não depor”, contou a advogada. Além de Maira, a advogada Juliana de Almeida Valente também representa as três vítimas.
Com o maior recorde de votação na história do BBB, somando mais de 1,5 bilhão de votos, o paredão entre Manu Gavassi, Mari Gonzalez e Felipe Prior eliminou o arquiteto com 56,73% dos votos. No embate, Prior ganhou o apoio de celebridades como Neymar, que o convidou para assistir a um jogo do Paris Saint-Germain, na França. O arquiteto ganhou apoio também do Corinthians e outros artistas.
Conforme a Marie Claire, as advogadas entraram com um pedido de medidas cautelares para evitar que Felipe Prior pudesse manter contato com as vítimas e testemunhas, de forma direta ou indireta. A solicitação foi acolhida pela Promotoria de Justiça do Estado de São Paulo e aguarda julgamento. Informações do Portal A Tarde.
