A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aumentou para 180 dias e aprovou nesta quinta-feira, 1º, a suspensão do mandato do deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) como punição pelo parlamentar ter assediado a colega Isa Penna (PSOL), em dezembro do ano passado.
Com a decisão, assume o cargo o suplente de Cury, padre Afonso Lobato (PV), que poderá exonerar os servidores do gabinete do deputado.
Vários parlamentares falaram sobre o caso nas sessões de quarta e quinta. Entre eles, deputadas que se declararam oposição política a Isa, mas que apoiam uma pena mais rígida a Cury.
“Não tenho a menor simpatia pela deputada Isa Penna, não gosto das suas colocações. Mas eu sou mulher. Não aceito o que Cury fez, é um absurdo, e nós mulheres temos que estar contra isso”, afirmou Valéria Bolsonaro (sem partido), na quarta.
Presidente do PSL na Alesp, a deputada Janaina Paschoal se colocou a favor da cassação de Cury, após explicação sobre os trâmites constitucionais. “Sou a favor da cassação porque ele atentou contra a casa. E a defesa de Cury, ao falar que ele abraça as colegas, parece que todas as mulheres dessa assembleia aceitam ser tocadas”, criticou.
A nova punição foi votada favoravelmente por 86 a 0. A defesa de Isa Penna era favorável à cassação do mandato de Cury. A deputada, no entanto, reconheceu que a penalidade não teria apoio da maioria dos parlamentares. Por isso, segundo Isa, a aprovação do afastamento de Cury por seis meses já significaria um avanço “tímido” do caso. Informações do Portal A Tarde.