Flávio Matos apresenta proposta de hospital municipal com primeira etapa avaliada em R$80 mi

O pré-candidato a prefeito de Camaçari e atual presidente do Legislativo Municipal, Flávio Matos (União Brasil), apresentou à imprensa nesta segunda-feira, 27, a proposta para a primeira etapa do Hospital Municipal de Camaçari. Defensor de uma saúde pública mais eficaz e célere, o parlamentar que está na disputa pelo cargo de prefeito tem demonstrado grande incômodo com o formato da saúde praticado pelo governo do estado por meio da Regulação da Saúde, sistema que tem dificultado o acesso das pessoas a um direito garantido a todo cidadão.

“Todos nós devemos sonhar juntos com esse momento. Fazer saúde não é fácil, é um desafio, mas sei que é um tema que é importante para nossa população. Esse é um sonho não só meu, como de nosso povo. Só há um caminho para esse hospital acontecer, que é o nosso grupo político vencendo essas eleições e governando a nossa cidade nos próximos quatro anos. Quem já teve a oportunidade por doze anos não fez porque não acha importante, nem tem credibilidade pra dizer que vai fazer agora”, disse.

Flávio tem criticado duramente a dificuldade de atendimento no Hospital Geral de Camaçari (HGC), que havia fechado as portas em novembro de 2020 e só esse ano reabriu após várias denúncias feitas por ele na imprensa e na tribuna da Câmara. Para Flávio o HGC deveria garantir os leitos necessários para atender a população da cidade, levando em consideração o repasse feito anualmente pelo município, avaliado em R$ 2,4 milhões para custear o atendimento ao público. “Infelizmente a nossa população não tem tido essa garantia, o Hospital Geral não tem nos dado essa contrapartida e as pessoas não tem conseguido o atendimento que a gente espera mesmo com esse investimento”, explicou Flávio.

A proposta do Hospital Municipal de Camaçari, segundo o pré-candidato, seria uma saída para suprir essa demanda que o governo estadual, por meio do HGC, não atende. No total, para ser construído e ter todos os equipamentos necessários adquiridos para a sua operação será necessário um investimento na ordem de R$80 milhões. Dessa quantia contabilizada por uma equipe técnica, R$65 milhões é para a construção do prédio que abrigará o hospital e R$15 mi é o valor estimado para aquisição de todos os equipamentos médicos e mobiliários do centro hospitalar.

O hospital apresentado conta com uma estrutura completa, composta por 40 leitos clínicos e 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de contar dentro de seu complexo com um laboratório de análises clínicas e um centro de bioimagem, com tomografia computadorizada, ultrassonografia e radiografia. De acordo com Flávio, a ideia é que a área para a construção do hospital tenha terreno livre em seus arredores para futuras expansões da unidade, caso seja necessário. “Foi pensado um hospital totalmente térreo para não precisar ter custos futuros com elevadores, uma orientação da equipe técnica que entende que a gente consegue baratear consideravelmente o projeto, além de facilitar o trânsito com pacientes na unidade sem precisar subir escadas ou usar elevadores”.

O modelo de gestão do hospital ainda está sendo discutido pela equipe. Uma parceria público-privada é uma das alternativas pensadas, mas outras possibilidades como gestão própria ou por meio de uma fundação também estão sendo analisadas. A estimativa de custeio da unidade no início de suas operações deve ficar em torno de R$ 4.175,000,00 milhões por mês, um total de R$ 50.040,000,00 por ano.