Flordelis foi a “mentora intelectual” da morte de pastor, diz filho

Em depoimento à Polícia Civil, um dos filhos adotivos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) disse acreditar que a mãe foi a “mentora intelectual” da morte do pai, o pastor Anderson do Carmo. Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael, fez o relato em 18 de junho, dois dias após o assassinato.

Além de Misael, outros quatro filhos do casal — Daniel dos Santos, Luan Santos, Kelly Cristina dos Santos e Roberta Santos — contaram o que sabem aos investigadores. O jornal Extra teve acesso a todos os depoimentos.

Sobre o crime, Misael disse que Flordelis, “manipulando os filhos, encontrou alguém com coragem para matar Anderson”. Lucas e Flávio dos Santos foram indiciados, na semana passada, pelo assassinato do pastor. Eles estão presos desde o dia 17 de junho, um dia depois da execução.

Ainda no depoimento, Misael contou que, no fim do ano passado, Anderson ficou internado cinco dias e perdeu quase 20 quilos. Ele afirmou saber que estavam dopando o pastor a mando de Flordelis. O filho adotivo, no entanto, não é o primeiro a descrever a situação. Ao menos outros três confirmaram que medicamentos vinham sendo dados à vítima.

Seis dias depois do primeiro depoimento, Misael voltou à delegacia. Em novas declarações, relatou ter descoberto que Flordelis digitou uma das mensagens que a irmã Marzy Teixeira enviou para Lucas pedindo que ele matasse o pai. O texto foi escrito no próprio tablet de Anderson e encontrado por ele posteriormente.

Outros filhos
Daniel, no depoimento no dia 18 de junho, também afirmou acreditar no envolvimento de Flordelis na morte do pastor. Disse ainda que o pai mostrou a mensagem encontrada por ele – o texto mostrava com clareza que estavam planejando a morte de Anderson.

Luan e Roberta também afirmaram à polícia acreditarem no envolvimento de Flordelis no assassinato do marido. O rapaz garantiu ter ouvido a mãe falar sozinha, após o crime, a palavra “acabou”. Já Kelly afirmou que a mãe sempre dizia aos filhos que “no dia em que Anderson não estivesse mais ali, as coisas iriam melhorar”. As informações são do Metrópoles.