Um diamante bruto de 646,78 quilates, avaliado em cerca de R$ 16 milhões, foi descoberto em maio de 2025 por garimpeiros nas margens do Rio Douradinho, no município de Coromandel, interior de Minas Gerais. A pedra de coloração marrom já é considerada a segunda maior já registrada no Brasil, ficando atrás apenas do lendário “Getúlio Vargas”, de 727 quilates, encontrado na mesma cidade em 1938.
A extração ocorreu em um garimpo com Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) ativa, autorizado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Segundo a agência, o local é regularmente fiscalizado e segue as normas legais para mineração artesanal.
Com aproximadamente 29 mil habitantes, Coromandel é conhecida por sua tradição na descoberta de pedras preciosas e volta aos holofotes com a nova joia, o que deve aquecer o interesse pelo setor mineral da região.
Próximos passos
Para que o diamante possa ser comercializado ou exportado, será necessário obter o Certificado Kimberley, exigido para transações internacionais de diamantes brutos. O objetivo do documento é impedir o comércio de pedras ligadas a conflitos armados, garantindo a legalidade da operação.
No dia 29 de maio, o diamante foi oficialmente declarado no Relatório de Transações Comerciais (RTC/CNCD) — primeiro passo do processo de certificação. O procedimento inclui análise do lote, registro de peso, imagens, origem e destino da pedra.