Governo quer descentralizar investimentos dos cursos de filosofia e sociologia

O Ministério da Educação estuda a possibilidade de redução de investimentos para os cursos de humanas, principalmente nos de Sociologia e Filosofia, para as universidades. Quem confirmou a informação foi o presidente Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (26), por meio da sua conta no Twitter.

Na publicação, ele afirmou que os repasses serão destinados a projetos que ensinem os jovens “leitura, escrita e fazer conta”, para que a sua formação “gere renda para a pessoa e bem-estar para a família”.

Jair M. Bolsonaro@jairbolsonaro · 10h

O Ministro da Educação @abrahamWeinT estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas). Alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina.

Jair M. Bolsonaro@jairbolsonaro

A função do governo é respeitar o dinheiro do contribuinte, ensinando para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa e bem-estar para a família, que melhore a sociedade em sua volta.31,9 mil06:53 – 26 de abr de 2019Informações e privacidade no Twitter Ads8.512 pessoas estão falando sobre isso

Na noite desta quinta-feira (25), durante transmissão ao vivo pelo Facebook, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, já havia indicado que faria cortes nessa área.

Assim como o presidente, ele sinalizou que alunos já matriculados não serão afetados. Como justificativa para a decisão, o ministro deu o exemplo do Japão, que reduziu as verbas dos cursos de ciências sociais e humanas em 2015.

“O Japão, país muito mais rico que o Brasil, está tirando dinheiro público, do pagador de imposto, das faculdades que são tidas como para pessoas que já são muito ricas, ou de elite, como filosofia. Pode estudar filosofia? Pode, (mas) com dinheiro próprio. E o Japão reforça: esse dinheiro que iria para faculdades como filosofia, sociologia, se coloca em faculdades que geram retorno de fato: enfermagem, veterinária, engenharia e medicina”, disse.

Segundo Abraham, é preciso melhorar a “performance” dos alunos para gerar mais empregabilidade e empreendedorismo no Brasil.

“Nossos alunos no Brasil não têm o mesmo conhecimento técnico, de sair da faculdade, ter ideias, sacadas e montar pequenos negócios. A gente está trabalhando com uma série de ideias, planos, mas vocês vão ter que esperar um pouquinho”, concluiu.

Repercussão

Nas redes sociais, educadores e representantes de escolas e estudantes criticaram a decisão do governo brasileiro. A maior parte dos comentários relembra que a filosofia é a “mãe de todas as ciências”.Jair Bolsonaro no Twitter: O Ministro da Educação @abrahamWeinT estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas). Alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo é ficar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina.

Jair Bolsonaro no Twitter: O Ministro da Educação @abrahamWeinT estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas). Alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo é ficar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina.

Debora Diniz@Debora_D_Diniz

Bolsonaro não tem o reconhecimento dos professores. Do topo de seu ressentimento, ameaça fechar cursos de sociologia ou filosofia nas universidades públicas. Sinto pelos alunos, mas vibro pela democracia
Como professora terei MAIS TEMPO para escrever sobre as tolices de Bolsonaro63309:26 – 26 de abr de 2019145 pessoas estão falando sobre issoInformações e privacidade no Twitter Ads

Jair M. Bolsonaro@jairbolsonaro · 10h

O Ministro da Educação @abrahamWeinT estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas). Alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina.

A verdadeira descentralização é tirar o estado do ensino superior, presidente. São bilhões de reais dos trabalhadores (a maioria pobres) financiando gente que poderia pagar diretamente pelo ensino. Fora os cursos irrelevantes, a militância, os salários astronômicos, as greves…83910:15 – 26 de abr de 2019Informações e privacidade no Twitter Ads124 pessoas estão falando sobre isso

*Com informações de Exame