Governo vê PIB menor para 2021 e aumenta previsão de inflação

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O governo Federal revisou levemente para baixo a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021 e 2022. A informação foi divulgada por meio do Boletim Macrofiscal do Ministério da Economia, nesta quarta-feira (17/11). A previsão para o ano corrente caiu de 5,3% para 5,1%. De forma semelhante, houve alteração para o próximo ano, diminuindo a expansão do PIB de 2,5% para 2,1%.

De acordo com o relatório, diversos fatores têm afetado a economia local, destacando-se a redução de produção da indústria devido à falta de insumos — problema que tem afetado o mundo inteiro. “Ademais, semelhante ao Brasil, na China e em alguns países Europeus, há problemas na oferta da matriz energética, com forte elevação dos preços na Europa e racionamento na China”, afirmou a pasta.

O principal fator interno para redução das estimativas, no entanto, é a “deterioração das condições financeiras locais”. Observou-se, nos últimos meses, uma elevação mais intensa da curva de juros, que diminui o poder de compra dos brasileiros. A taxa de câmbio também depreciou, com valor próximo a US$ 5,70, o que puxou a inflação para altos níveis.

O boletim também apontou a projeção de crescimento do PIB para o terceiro trimestre de 2021. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o Ministério da Economia espera uma alta de 4,8%, em razão do retorno ao trabalho à medida que a vacinação em massa contra a Covid-19 avança no país.

Inflação

A projeção da taxa de inflação, medida por meio da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para 2021 é de 9,7%. O porcentual representa aumento em relação ao projetado no último Boletim Macrofiscal (setembro/2021), no qual a estimativa era de 7,9%.

A previsão atual encontra-se acima da meta de inflação de 3,75% e do limite superior do intervalo de tolerância (5,25%) para o ano de 2021.

No ano, o IPCA já acumula alta de 8,24% e, em 12 meses, o índice total tem alta de 10,67%. O grupo Alimentação e bebidas, após alta de 14% em agosto, no acumulado em 12 meses, mostrou desaceleração desde então, chegando a 11,7% em outubro. Informações do Metrópoles.