Como uma das maiores referências em hematologia e hemoterapia do país, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) celebra 31 anos de existência no próximo domingo (26). A unidade pública é responsável pela oferta e distribuição de sangue e seus componentes, tratamentos ambulatoriais de doenças benignas do sangue e cadastro de doadores de medula óssea em todo o estado desde 1989. No início, no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), com o conhecido ‘Hemobinha’, e desde 1993 na sede própria, na Vasco da Gama, onde funciona até hoje.
Segundo diretor da fundação, Fernando Araújo, parte do sangue coletado atende à demanda ambulatorial de pacientes com doenças hematológicas que são acompanhados pela Hemoba. “Há 27 anos, desde que fomos para a Vasco, atendemos pacientes com diagnóstico de doenças hematológicas benignas, tais como hemofilia e anemia falciforme, entre outras. Além das transfusões de sangue, esses pacientes realizam consultas médicas e de enfermagem, curativos, recebem atendimento odontológico, fisioterapêuticos, psicológicos e do serviço social e assistência farmacêutica, com a dispensação de medicamentos”.
A Hemoba também funciona como Hemocentro Coordenador (HC), com o objetivo de coordenar a Política Nacional de Sangue na Bahia. Para isso, foi criada a hemorrede, que hoje possui 21 unidades de coleta no interior da Bahia, três unidades móveis e quatro unidades fixas na capital (sede da Hemoba e unidades do Hospital do Subúrbio, Hospital Irmã Dulce e SAC Cajazeiras. A distribuição desses postos garante a realização de uma média de 12 mil coletas por mês.
De acordo com a coordenadora de coleta e captação de doadores da fundação, Iara Matos, o perfil de doadores da Bahia ainda é masculino, com idade entre 29 e 35 anos, o que tem mobilizado a instituição, junto ao Ministério da Saúde, para criação de projetos que promovam a cultura da doação de sangue no Brasil e ampliem o perfil dos doadores. “Desde 2003, temos o projeto Clube 25, que trabalha com a faixa etária mais jovem, a partir dos 18 anos até os 25 anos, no esforço de fidelizar doadores mais jovens”, conta.
Além do Clube 25, a unidade está à frente dos projetos Doador do Futuro, Universidade Cidadã, Empresa Cidadã, Militar Cidadão e mantém articulações com entidades religiosas e Organizações Não Governamentais (ONGs).
Para realização das coletas de sangue e cadastros para doação de medula óssea, os voluntários passam por uma triagem para saberem se estão aptos e realizarem testes para qualificação do sangue coletado. A hematologista e diretora de hemoterapia, Rivania Andrade, explica que “são realizados todos os exames sorológicos obrigatórios na bolsa, a fim de garantir a segurança do sangue coletado”.
Desde 2017, a Hemoba garante a certificação ISO 9001:2015, uma das melhores do país, por conta dos rigorosos processos de avaliação e qualificação em todo ciclo do sangue, garantindo a segurança do paciente.
Ampliação do atendimento
A instituição prevê, até o primeiro trimestre de 2021, a inauguração do Centro de Referência em Doença Falciforme. Com investimento de R$ 7,3 milhões em obras e equipamentos, o novo centro será equipado para realizar atendimento ambulatorial nas especialidades de hematologia, ortopedia, hepatologia, oftalmologia, nutrição, psicologia, odontologia, fisioterapia, serviço social, assistência farmacêutica, neurologia, ginecologia e enfermagem.
Fonte: Ascom/Hemoba