Irã lança novo foguete portador de satélites e fica na mira dos EUA

Foto: MINISTÉRIO DE DEFESA DO IRÃ/REPROFUÇÃO

O Irã lançou um novo foguete portador de satélites, batizado de Zol-Jannah, que está equipado com o motor movido a combustível sólido mais potente do país, em um teste que pode desencadear uma condenação por parte dos Estados Unidos.

O porta-voz da divisão espacial do Ministério da Defesa do país asiático, Ahmad Hosseini, explicou que a operação, realizada nesta segunda-feira (1), consta de duas etapas: “uma de propulsão sólida e outra líquida, e tem a capacidade de colocar satélites com um peso de 220 quilogramas em órbita a 500 quilômetros”.

Um dos feitos mais importantes deste teste espacial é que o foguete está equipado com um motor de combustível sólido mais potente do Irã, com um empuxo de mais de 750 toneladas, conforme informou o representante do governo iraniano, em declarações colhidas pela agência pública de notícias “IRNA”.

Segundo Hosseini, o foguete lançado pode ser utilizado em plataformas civis e está projetado para reduzir custos. Além disso, poderá colocar satélites operacionais em órbita, quando forem realizados testes de pesquisa.

O Irã enviou para o espaço o primeiro satélite em 2009, e em 2017, além de inaugurar o Centro Espacial Imã Khomeini, lançou um foguete portador do satélite Simorq.

Em abril de 2020, conseguiu colocar em órbita seu primeiro satélite militar, depois de, anteriormente, em janeiro de 2019, a Agência Espacial Iraniana fracassou no lançamento do satélite Payam (Mensagem, em tradução do persa).

O governo norte-americano, em repetidas ocasiões, expressou preocupação pelo lançamento de foguetes espaciais pelo país asiático, pois garante que as atividades têm objetivos militares. O equipamento que transporta satélites também pode ser usado para produzir mísseis balísticos.

Os EUA impuseram sanções à entidades associadas ao programa de mísseis balísticos iraniano por causa dos lançamentos de satélites, assim como a vários setores econômicos do país, após a retirada unilateral do acordo nuclear de 2015. Da Agência EFE.