Julgamento de Bannon de suposta fraude com muro será em maio

Foto: Andrew Kelly/ Reuters

Uma juíza dos Estados Unidos marcou nesta segunda-feira (31) para maio de 2021 o julgamento de Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, e três outros acusados de fraudar doadores com um suposto projeto para construir o muro prometido pelo presidente norte-americano na fronteira com o México.

Bannon e Kolfage usaram centenas de milhares de dólares deste montante para cobrir despesas pessoais, de acordo com as acusações, que foram apresentadas em 20 de agosto.

Kolfage, Andrew Badolato e Timothy Shea se declararam inocentes em uma audiência virtual nesta segunda-feira. Eles receberam direito a fiança e entregarão os passaportes. Bannon, de 66 anos, declarou inocência no início deste mês.

A Juíza Analisa Torres, de Manhattan, estabeleceu o dia 24 de maio de 2021 como data de julgamento do caso.

Durante a audiência virtual, a juíza observou que só algumas salas do edifício estão preparadas para lidar com os desafios técnicos criados pela pandemia do novo coronavírus.

“Serei otimista e torcerei para termos salas disponíveis”, disse.

Kolfage perdeu as duas pernas e a mão direita em um ataque de foguete no Iraque em 2004.

Carreira na política

Bannon, que foi um dos principais conselheiros da campanha presidencial de Trump e mais tarde estrategista-chefe da Casa Branca, ajudou a articular o populismo de direita e a oposição feroz à imigração que contribuíram para definir os três anos e meio de Trump no cargo.

Torres alertou os réus e seus advogados a não fazerem comunicados públicos que poderiam prejudicar a imparcialidade dos jurados ou a legitimidade do julgamento, e disse que pode emitir uma “ordem especial” para restringir suas atividades. Os quatro réus disseram a Torres que entenderam.

Em um documento legal registrado na semana passada, procuradores pediram à juíza que alertasse Kolfage e os três outros réus a não fazerem “comunicados extrajudiciais” que poderiam influenciar o corpo de jurados, citando o que classificaram como um “fluxo contínuo” de “postagens (muitas vezes) altamente incendiárias” de Kolfage nas redes sociais.

Estas incluem descrições do caso como uma “caça às bruxas” e um esforço político visando apoiadores de Trump e doadores do “We Build the Wall”, de acordo com o documento legal. Da Agência Reuters.