Justiça do Rio condena Eike Batista a oito anos de prisão

Eike Batista foi condenado a oito anos de prisão em regime semiaberto, na quinta-feira (11), acusado de manipulação do mercado financeiro divulgando informações falsas sobre a real capacidade de produção da petroleira OGX, uma das empresas do grupo capitaneado pelo empresário.

Segundo o jornalista Lauro Jardim, o caso em tela diz respeito aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2009, época em que executivos da companhia disseram a investidores que haviam descoberto “bilhões de barris de petróleo potencialmente extraível” em áreas do pré-sal na Bacia de Campos e na Bacia de Santos, o que não se confirmou.

A condenação foi determinada pela juíza federal Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, além do pagamento de 10.500 salários mínimos de multa. A magistrada também condenou dois executivos da OGX, Marcelo Faber Torres e Paulo Manuel Mendes de Mendonça. Todos podem sair para trabalhar durante o dia, mas devem dormir na cadeia.

“O acusado demonstrou fascínio incontrolável por riquezas, ambição desmedida (usura), que o levou a operar no mercado de capitais de maneira delituosa; indiferença à fragilidade de fiscalização do mercado de capitais e petrolífero brasileiro, e insensibilidade à insegurança causada com sua conduta criminosa, demonstrando fazer dessas práticas atentatórias ao mercado de capitais seu modus vivendi”, escreveu Rosália em sua sentença.

Eike Batista já foi considerado um dos brasileiros mais ricos do mundo. Informações do Sbt.