Lauro de Freitas: Mesmo sem nenhum caso registrado, município intensifica vacinação contra sarampo

Dia D de vacinação contra a gripe no Leme, na zona sul do Rio de Janeiro.

Após a confirmação de um caso de sarampo em Salvador, a Secretaria Municipal de Saúde de Lauro de Freitas (Sesa) está intensificando a imunização contra a doença com doses extras da vacina, que já estão disponíveis nas Unidades de Saúde da Família (USF) em todo o município. A vacinação será destinada a todas as faixas etárias estabelecidas pelo Ministério da Saúde de acordo a avaliação da situação vacinal, idade e com as doses já recebidas especificadas no cartão de  vacinação.

Chefe da Secretaria Municipal de Saúde de Lauro, Vidigal Cafezeiro explica que a proteção contra o sarampo faz parte das chamadas vacinas de rotina, o que significa dizer que suas doses ficam disponíveis durante todo o ano nas unidades de saúde. Cafezeiro ressalta que “a imunização não é indiscriminada, ou seja, é avaliada a situação vacinal pessoa a pessoa. Quem já tomou a vacina não precisa ser revacinado porque já está protegido”, alerta explicando que Lauro de Freitas não terá dia D de Vacinação por não apresentar nenhum caso da doença. 

De acordo com a superintendente da Vigilância em Saúde da Sesa, Regina Coeli, quem tem de 01 a 29 anos deve ter em seu cartão de vacinação duas doses da vacina. Para quem tem de 30 a 49, apenas uma dose é necessária. No caso das crianças de 06 a 11 meses, a dose de vacinação é extra, o que significa que ao completar um ano, a criança deve ser levada a uma unidade de saúde e seguir as orientações para tomar normalmente as duas doses do ciclo normal de vacinas.

“Essa é uma dose que não vai ser validada na rotina de vacinação. Por conta do alerta de surto, a orientação do Ministério é proteger principalmente as crianças com essa dose extra, porque elas são mais vulneráveis”, explica Coeli.

Diariamente os boletins emitidos pela Secretária de Saúde do Estado (SESAB), são monitorados pela Vigilância em Saúde de Lauro de Freitas. “Estão disponíveis na rede as doses previstas no calendário vacinal de rotina e até o momento não há eminência ou preocupação quanto à possibilidade de surto na cidade”, frisa Coeli. 

Casos na Bahia 

Na Bahia, segundo a Sesab, desde o início do ano, foram registrados 190 casos suspeitos. Desses, 96 foram descartados, um confirmado com vírus importado da Europa e  93 ainda estão em fase de investigação. A infectada foi uma soteropolitana de 12 anos que estava na Espanha a passeio e já chegou à capital baiana doente.

O sarampo, segundo a Sesab, é uma doença viral aguda, considerada uma das mais contagiosas, com potencial para ser extremamente grave, afetando principalmente crianças menores de 5 anos, especialmente as mal nutridas, e bebês não vacinados. No entanto, pode acometer também pessoas não imunizadas de qualquer idade.

Sintomas 

Os principais sintomas são tosse, em geral seca e irritativa; febre alta; coriza, sensibilidade à luz; manchas vermelhas na pele e dor no corpo. O sarampo também pode causar infecções respiratórias, inflamação nos ouvidos, encefalite com dano cerebral, surdez e lesões severas de pele. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro. A transmissão acontece por secreções como gotículas eliminadas pelo espirro, tosse e fala.

“Pedimos à população que fique atenta aos sintomas que podem definir um quadro suspeito de sarampo. Ainda que a pessoa tenha sido vacinada, apresentando esses sintomas deve de imediato buscar atendimento médico”, destaca o coordenador de  Vigilância Epidemiológica da Sesa, Daniel de Assis.

Situação de risco

Mães e responsáveis que vão viajar com os filhos de seis meses a um ano de idade, para municípios em situação de surto ativo do sarampo, devem ficar atentas. A recomendação é que todas as crianças, nesta faixa etária, sejam vacinadas contra a doença, no período mínimo de 15 dias antes da data prevista para a viagem. Além de proteger, a medida de segurança visa interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo.

Trabalhadores da Saúde 

Trabalhadores da Saúde, independente da idade, devem receber duas doses da vacina contendo o componente sarampo. Os profissionais que não comprovarem duas doses dessas vacinas deverão ser vacinados, conforme a situação encontrada.