
O terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar na última sexta-feira (28) continua a causar devastação e mobilizar esforços de resgate. Até o momento, o número de mortos ultrapassa 2.700, com mais de 4.500 feridos e centenas de desaparecidos. O epicentro foi localizado próximo à cidade de Mandalay, uma das mais afetadas, onde edifícios desabaram, pontes foram danificadas e estradas bloqueadas, dificultando o acesso das equipes de resgate.
A situação em Mandalay é particularmente grave, com temperaturas próximas a 40°C acelerando a decomposição dos corpos e complicando os esforços de identificação. Apesar das condições adversas, mais de 400 pessoas foram resgatadas com vida até agora. No entanto, a janela crítica de 72 horas para encontrar sobreviventes já passou, reduzindo as esperanças de localizar mais pessoas sob os escombros.
O governo de Mianmar declarou uma semana de luto nacional e pediu à população que participasse de momentos de silêncio e orações em templos. Além disso, a comunidade internacional tem se mobilizado para oferecer assistência, com a Cruz Vermelha Internacional lançando um apelo de emergência para arrecadar fundos destinados às vítimas.
A destruição também afetou patrimônios culturais, como o Palácio de Mandalay e a Ponte U Bein, a maior ponte de madeira do mundo, que foi fechada devido a danos estruturais. A recuperação dessas áreas será um desafio adicional para um país já fragilizado por conflitos internos e recursos limitados.