Mais de 2.700 mortos confirmados em devastador terremoto em Myanmar

Chen Zhongshan Nas primeiras horas de 1º de abril, uma equipe de resgate chinesa tenta resgatar um indivíduo preso dentro de um prédio em Mandalay, Myanmar

O terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar na última sexta-feira (28) continua a causar devastação e mobilizar esforços de resgate. Até o momento, o número de mortos ultrapassa 2.700, com mais de 4.500 feridos e centenas de desaparecidos. O epicentro foi localizado próximo à cidade de Mandalay, uma das mais afetadas, onde edifícios desabaram, pontes foram danificadas e estradas bloqueadas, dificultando o acesso das equipes de resgate.

A situação em Mandalay é particularmente grave, com temperaturas próximas a 40°C acelerando a decomposição dos corpos e complicando os esforços de identificação. Apesar das condições adversas, mais de 400 pessoas foram resgatadas com vida até agora. No entanto, a janela crítica de 72 horas para encontrar sobreviventes já passou, reduzindo as esperanças de localizar mais pessoas sob os escombros.

O governo de Mianmar declarou uma semana de luto nacional e pediu à população que participasse de momentos de silêncio e orações em templos. Além disso, a comunidade internacional tem se mobilizado para oferecer assistência, com a Cruz Vermelha Internacional lançando um apelo de emergência para arrecadar fundos destinados às vítimas.

A destruição também afetou patrimônios culturais, como o Palácio de Mandalay e a Ponte U Bein, a maior ponte de madeira do mundo, que foi fechada devido a danos estruturais. A recuperação dessas áreas será um desafio adicional para um país já fragilizado por conflitos internos e recursos limitados.