Mancha de óleo atinge litoral de oito estados no Nordeste; BA ainda não foi atingida

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O litoral de oito estados do Nordeste, com exceção da Bahia, foi afetado com manchas de óleo cru, que começaram a surgir no inicio do mês em praias de Pernambuco.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou hoje (26) que  46 municípios foram atingidos. Nove animais marinhos apareceram sujos com a substância e seis morreram.

De acordo com reportagem do UOL, apenas a Bahia ainda não registrou a presença das manchas no litoral. O óleo cru foi encontrado primeiro em trechos das praias de Boa Viagem, na zona Sul de Recife (PE), Piedade, em Jaboatão dos Guararapes (PE), e Del Chifre, em Olinda (PE).

Banhistas também relataram a presença da substância nas praias do Cupe e Gamboa, em Ipojuca (PE), e de Tamandaré (PE). Manchas foram encontradas nas praias do Bessa e de Manaíra, em João Pessoa (PB), e Jacumã, no Conde (PB).

Dias depois, o óleo chegou ao Rio Grande do Norte e Alagoas, por fim chegando ao Ceará, Piauí e Maranhão, onde já atinge os Lençóis Maranhenses (MA).

A substância foi relatada poucos dias depois de um vazamento de cinco metros cúbicos de óleo e água na estação de tratamento de despejos industriais da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), na região metropolitana do Recife. O vazamento foi no dia 26 de agosto. 

No entanto, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) de Pernambuco e a Petrobras negam que o material despejado no mar tenha relação com o derramamento de óleo da refinaria.

Um vídeo divulgado em redes sociais, feito pelo estudante Júlio Derazani, mostra como a poluição causada pelo derramamento de óleo na praia de Itatinga, em Alcântara (MA), afetou animais marinhos. Ele encontrou uma tartaruga com dificuldade de respirar, em meio as manchas de óleo no último domingo (22).

Em comunicado hoje, o Ibama afirmou que até agora “não há evidências de contaminação de peixes e crustáceos” com o óleo despejado no mar no Nordeste.

Segundo o instituto, a avaliação da qualidade do pescado capturado nas áreas afetadas para consumo humano é competência dos órgãos de vigilância sanitária.

“Banhistas e pescadores não devem ter contato com o material. Caso seja identificado produto no mar ou nas praias, o cidadão deve informar o local à prefeitura. O óleo recolhido deve ser destinado adequadamente, não sendo recomendado misturá-lo com o resíduo comum”, orienta o Ibama.

O instituto ainda aconselha que, em caso de localização de animal atingido com óleo, os órgãos ambientais devem ser acionados imediatamente para tomar providências necessárias. Banhistas devem evitar lavar ou devolver o animal ao mar antes de uma avaliação feita por um médico veterinário. Informações do Mtero1.