Mata de São João: Homem é preso após dopar e abusar sexualmente da filha

Na noite desta quinta-feira (11), um homem, que foi acusado de dopar a filha, de 20 anos, para abusar sexualmente dela, foi autuado em flagrante por policiais militares da 53° Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), que o conduziram até a Delegacia de Praia do Forte, onde as diligências foram executadas. De acordo com informações da 53° CIPM, a jovem revelou que o suspeito  Carlos Alberto Costa da Cruz teria dopado a vítima, que perdeu rapidamente os sentidos e parou de sentir as pernas, com uma pipoca para que pudesse tocar as suas partes íntimas em um momento de vulnerabilidade.

O caso chegou ao conhecimento dos policiais depois da vítima dar entrada no Posto de Saúde de Praia do Forte, durante a madrugada, quando ainda estava atordoada e sonolenta pelos acontecimentos. A enfermeira da unidade de saúde que atendeu a jovem estranhou o estado da paciente e foi quem chamou a polícia, que logo chegou no local para averiguar o caso. Na unidade, estavam a vítima, sua irmã e seu pai, que as acompanhou e, a princípio, quando a jovem ainda não conseguia falar, informou à enfermeira  que  havia colocado Bromazepam – medicamento indicado para ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou psicológicas associadas à síndrome de ansiedade – no suco e que a filha bebeu por engano.

Relato das filhas
No entanto, a versão do suspeito foi desmentida tanto pelas filhas como por sua irmã de acordo com o informe do casa da 53a CIPM que a reportagem do CORREIO teve acesso. Quando a jovem ainda estava impossibilitada de falar, sua irmã revelou aos policiais que as duas eram abusadas pelo pai desde a infância. “A irmã mais velha  acompanhava a vítima e pediu para que pudesse esclarecer os fatos já que sua irmã estava impossibilitada de falar, por estar sedada. Ela informou que as duas eram abusadas desde crianças pelo pai, mas que depois da vida adulta e já conscientes de si, elas conseguiam se esquivar da investida dele contra elas”, escreveu a 53° CIPM em informe sobre o caso.

Os abusos na infância e o abuso da noite desta quinta-feira foram confirmados pela vítima quando ela retomou a consciência e pôde falar com os policiais. Ela relatou que comeu uma pipoca que foi feita pelo pai mesmo estranhando o gosto e minutos depois começou a sentir os efeitos do medicamento. “No momento em que estava comendo, a vítima achou o gosto estranho e, minutos depois, percebeu que não estava sentindo as pernas e, quando foi tentar levantar, não sentiu o chão. Nesse momento, o pai apareceu, a pegou nos braços e começou a beija-lá e, logo em seguida, havia colocado o dedo nas suas partes íntimas”, detalhou o informe.

Delegada confirma informações
A Delegada de Polícia Elaine Estela Laranjeira, que foi quem deu voz de prisão ao suspeito, foi procurada pelo CORREIO, confirmou que o informe que a reportagem teve acesso continha as informações corretas sobre o caso e afirmou que o pai foi contrário a ida da filha à unidade de saúde. “Ele esteve na unidade. Segundo as vítimas, ele não queria que elas fossem atendidas, mas, por conta do estado dela, sem poder sentir as pernas, ela precisou ir para atendimento e lá tudo foi revelado”, explicou.

Apesar de todas diligências terem sido realizadas na Delegacia de Praia do Forte, Carlos Alberto foi transferido para a Delegacia de Mata de São João, onde se encontra sob custódia. Informações do Correio*.