Durou 50 dias a parceria entre o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Podemos. Os integrantes do MBL anunciaram que não permanecerão filiados ao Podemos.
Apesar da decisão, o movimento pretende manter o apoio ao projeto presidencial de Sérgio Moro. Integrantes do grupo vinham ajudando o ex-juiz a criar estratégias de comunicação para a eleição.
De acordo com o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, o MBL abrirá conversas com outros partidos assim que comunicar a direção nacional do Podemos sobre a decisão. O União Brasil, o Patriota e o Cidadania fizeram propostas para filiar o grupo.
Com a decisão, o deputado federal Kim Kataguiri permanecerá no União Brasil até que o MBL oficialize um novo destino. O Podemos vinha cobrando do grupo a filiação do deputado.
O vereador Rubinho Nunes e a ativista Adelaide Oliveira, candidatos à Câmara dos Deputados, pedirão a desfiliação ao partido. Também deixam o Podemos os quatro nomes indicados pelo MBL para a eleição de deputados estaduais — Amanda Vettorazzo, Cristiano Beraldo, Guto Zacarias e Renato Battista.
O deputado estadual Heni Ozi Cukier não se decidiu sobre a desfiliação. Cukier se aproximou do MBL e tinha a intenção de concorrer ao Senado pelo Podemos.
A debandada do Podemos ocorre após o vazamento de áudios sexistas que o deputado estadual Arthur do Val enviou a um grupo de amigos falando sobre refugiadas ucranianas, o que lhe custou a pré-candidatura ao governo de São Paulo. Arthur já havia deixado o Podemos e corre o risco de ter o mandato cassado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Via Bahia.ba.
