A Agência Nacional do Cinema (Ancine) abriu uma consulta pública sobre a obrigatoriedade legal da meia-entrada e seus impactos no mercado exibidor. De acordo com informações do Estadão, o Ministério da Economia, por sua vez, já se manifestou em defesa da extinção de todas as regras que garantem o benefício. A discussão está aberta para contribuições até 13 de agosto.
O documento, publicado pela Ancine, faz uma análise, até então inédita, com o número de ingressos vendidos de meia-entrada entre o início do ano de 2017 e o término de 2019. As informações presentes no estudo demonstram que a ampla maioria dos ingressos vendidos são de meia entrada.
As informações têm como base o Sistema de Controle de Bilheteria (SBC), por meio do qual a Ancine tem acesso às informações de mais de 3 mil salas em todo o País desde 2017. Segundo os dados do SCB, ao término do ano de 2019, aproximadamente, 80% dos ingressos foram de meia entrada (59,75% legal, 17,27% promocionais e 2,34% cortesias). Assim, como resultado, para compensar esse grande acesso à meia-entrada, o valor do ingresso praticado é alto, em comparação com outros países.