O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou um inquérito civil para apurar falha no serviço de liberação de corpos dos pacientes vítimas de Covid-19, e a consequente troca de corpos que ocorreu, no Hospital Espanhol, localizado em Salvador.
O local é um dos centros de tratamento exclusivamente montados pelo governo do Estado para o tratamento de vítimas do novo coronavírus. O procedimento foi instaurado na última sexta-feira (5) e tem prazo de conclusão de um ano.
Na semana passada, veio a público a história de Arlete Santos, de 43 anos. Após vir a óbito, ela foi reconhecida por engano pelo membro de outra família que também havia perdido um ente para a Covid-19. O hospital admitiu erro no processo de identificação do cadáver.
O velório aconteceu com o caixão fechado e o sepultamento aconteceu em um cemitério do município de Lauro de Freitas, região metropolitana. A família de Arlete foi comunicada da morte através de telefonema, e, só depois, já com o atestado de óbito em mãos, realizou o reconhecimento do corpo – ocasião em que o equívoco ficou evidente.
Procurada pela reportagem para comentar a instauração do inquérito, o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela gestão do Espanhol, avaliou que o inquérito servirá para “aperfeiçoar” a prestação de serviços de atendimento à população.Por meio de nota, a entidade também destacou que sempre atuou, e sempre atuará, em parceria com o MP-BA.
Leia abaixo a íntegra do pronunciamento encaminhado ao BNews:
“O INTS – Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde que hoje faz a gestão do Hospital Espanhol sempre atuou e sempre atuará em parceria com o Ministério Público do Estado da Bahia. Este inquérito servirá, inclusive, para aperfeiçoar a prestação de serviços e, com isso, conseguir garantir à população, acesso a atendimentos de saúde sempre melhores, humanizados e de qualidade.” Via Bnews.