Operação Cálifa: oficial foragido se entrega e carro usado no rapto é apreendido

O oficial da Polícia Militar suspeito de participar do rapto da testemunha Alex Cirino, que estava foragido, se entregou na tarde desta quinta-feira no 20º Batalhão da PM, no município de Paulo Afonso, onde é lotado. O carro usado para raptar Alex também foi apreendido durante a tarde no estado de Alagoas. Com base nas evidências colhidas na operação Cáfila, deflagrada no dia 28, por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Força Tarefa de combate a crimes praticados por policiais civis e militares, da Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP/BA), O MP requereu novas medidas ostensivas, dentre elas a prisão temporária do oficial.  

Além disso, na manhã de hoje, foi deferida a renovação por mais 180 do afastamento do tenente coronel Carlos Humberto da Silva Moreira, no âmbito da Operação Alcateia, na qual foi alvo de buscas por suspeita de integrar uma organização criminosa voltada para prática de diversos crimes de homicídio, tráfico de drogas, organização criminosa, além de outros delitos típicos de atividade de milícia, como tortura e extorsão.

Operação Cáfila

De acordo com a decisão judicial que determinou a prisão temporária do oficial suspeito de envolvimento no rapto de Alex Cirino, diálogos do suspeito comprovam que ele tinha ciência de todos os fatos ocorridos durante o rapto, havendo, portanto, indícios suficientes do seu provável envolvimento no crime.

Operação Alcateia

Com a renovação por 180 dias do afastamento do tenente coronel Carlos Humberto da Silva Moreira, o oficial superior fica afastado da função pública durante esse período, com a proibição de ingressar nas dependências das estruturas da Polícia Militar do Estado da Bahia e de entrar em contato, por qualquer meio, com os membros da corporação e de utilização dos serviços da instituição militar. Seu afastamento se dá no âmbito da Operação Alcateia, deflagrada em outubro de 2020, e tem como objetivo garantir a integridade da instrução criminal, vez que restou evidenciado pelo MP que o réu utilizava-se do cargo público para praticar ou facilitar a prática dos ilícitos cometidos pela organização criminosa, dentre os quais estão homicídio, tráfico de drogas, além de outros delitos típicos de atividade de milícia, como tortura e extorsão.

Cecom/MP