O Papa Francisco, ao longo de seus 12 anos de pontificado, foi uma figura que desafiou tradições e provocou debates intensos dentro e fora da Igreja Católica. Sua postura progressista em temas como justiça social, meio ambiente e inclusão gerou admiração, mas também resistência de setores conservadores.
Inclusão e Comunidade LGBTQIA+
Francisco foi o primeiro pontífice a adotar uma abordagem mais acolhedora em relação à comunidade LGBTQIA+. Ele autorizou bênçãos não litúrgicas para casais do mesmo sexo e afirmou que “Deus é Pai e não renega nenhum de seus filhos”. Apesar disso, enfrentou críticas severas de grupos conservadores que consideraram suas ações como uma ruptura com a doutrina tradicional.
Reformas na Cúria Romana
O Papa também enfrentou resistência ao tentar descentralizar o poder da Igreja, tradicionalmente eurocêntrico. Sua tentativa de reformar a Cúria Romana encontrou oposição de clérigos que estavam acostumados a posições de influência. Além disso, sua política de “tolerância zero” contra abusos sexuais foi marcada por avanços, mas também por desafios, já que muitos casos foram encobertos por décadas.
Postura Ambiental e Social
Francisco foi um defensor fervoroso da proteção ambiental, especialmente da Amazônia, e criticou o comércio de armas e a desigualdade social. Sua encíclica “Laudato Si'” sobre o cuidado com a casa comum foi amplamente elogiada, mas também gerou tensões com líderes políticos e empresariais que se sentiram desafiados por suas críticas.
Diplomacia e Conflitos
O pontífice priorizou o diálogo inter-religioso e a diplomacia, mas sua postura em relação à guerra na Ucrânia e outros conflitos regionais foi vista como insuficiente por alguns críticos. Ele também enfrentou resistência interna ao tentar aproximar a Igreja de países marginalizados.
Apesar das polêmicas, o legado de Francisco é marcado por sua coragem em abordar temas sensíveis e sua visão de uma Igreja mais inclusiva e conectada com os problemas globais.
