Para abrigar Bolsonaro, PL promete não se aliar a partidos de esquerda

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Durante o anúncio de que os presidentes dos diretórios do Partido Liberal concederiam “carta branca” para a filiação do presidente Jair Bolsonaro, o senador Jorginho Mello (PL-SC) destacou que não terá existirá, em 2022, coligações estaduais com outros partidos adversários do chefe do Executivo federal, principalmente os de esquerda.

O parlamentar fez questão de salientar que a ideia de apoiar a filiação, dadas as exigências do presidente Bolsonaro, foi unânime, de forma que todos os estados fecharam questão para apoiar a reeleição do presidente da República.

“Em todos os estados o apoio do partido será para o presidente Bolsonaro e não terá nenhum governador ou senador que não esteja alinhado com o projeto do presidente”, explicou Mello, que teria sido “autorizado”, segundo a assessoria de comunicação da sigla, a dar uma prévia das decisões acertadas entre os diretórios estaduais.

Questionado sobre como serão as coligações, o senador respondeu de maneira enfática: “Não terá coligação com outro partido que não esteja alinhado com o presidente Bolsonaro”.

“Nenhum estado o Partido Liberal vai estar sem sintonia com o projeto da reeleição do presidente Bolsonaro”, reforçou o vice-líder do governo no Senado Federal e no Congresso Nacional, ressaltando que foi autorizado pelo presidente nacional da legenda, Waldemar Costa Neto, a dar as declarações.

Jorginho Mello ainda descartou eventuais destituições na diretoria atual em virtude de possíveis resistências ocasionadas pela filiação de Bolsonaro e de sua base aliada à legenda. De acordo com ele, “está todo mundo 100% a favor”.

Durante o discurso, o senador também disse que o partido será contrário ao apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “[Não haverá apoio] nem no primeiro turno, nem no segundo, nem no terceiro”, brincou Mello.

Carta branca

Jorginho Mello disse em entrevista coletiva, na tarde desta quarta, que, mesmo antes do fim da reunião de presidentes dos diretórios estaduais do partido, ficou acertado que os líderes deixarão suas diferenças de lado e irão ceder às exigências do presidente Jair Bolsonaro para ingressar na legenda.

“O partido está dando ao presidente Valdemar [Costa Neto] carta branca para acertar com o presidente Bolsonaro todas as arestas de possibilidades que tenha em qualquer canto do Brasil. O PL sai unido. Evidentemente, todos os estados falaram, um por um. Alguns não eram originários, não tinha no estado algum tipo de dificuldade. Com a liderança do presidente Valdemar, isso tudo está sendo equacionado”, disse o parlamentar a jornalistas. Informações do Metrópoles.