Petroleiros da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) fizeram uma paralisação das atividades, entre as 6h e as 10h da manhã desta segunda-feira (4). Reunidos no trevo da entrada da empresa, que fica São Francisco do Conde, região metropolitana de Salvador, trabalhadores da própria refinaria e terceirizados fizeram um ato contra a privatização da Petrobras e a venda da Rlam.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Estado da Bahia (Sindipetro-BA), a paralisação marca também os 78 anos da estatal, completados no domingo (3).
O processo de venda da Rlam é o mais adiantado entre as 8 refinarias que a Petrobras pretende privatizar até o final de 2021. Vendida por US$ 1,65 bilhão, Landulpho Alves é a 1ª do Brasil e foi criada em setembro de 1950, impulsionada pela descoberta do petróleo no estado baiano.
A operação da Rlam possibilitou o desenvolvimento do primeiro complexo petroquímico do país, o de Camaçari. A Rlam tem 26 unidades de processamento, e 201 tanques de armazenamento.
O espaço é responsável por refinar mais de 30 tipos de produtos, entre eles gasolina, diesel, lubrificantes, querosene de aviação, entre outros. A Refinaria Landulpho Alves é a única produtora nacional de uma parafina alimentícia usada na fabricação de chocolates e chicletes, a chamada “food grade”.
Segundo a Petrobras, a Mubadala Capital, uma empresa de investimentos, venceu a disputa por US$ 1,65 bilhão. A assinatura do contrato de compra e venda está sob aprovação dos órgãos competentes. Informações do G1.