Policial denuncia condições subumanas em alojamento em Feira de Santana

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Um policial militar denunciou as péssimas condições do alojamento onde ficam os colegas de corporação que não aderiram ao movimento grevista iniciado na semana passada.

As cenas foram registradas no 35º Batalhão do Exército de Infantaria de Feira de Santana e, segundo o deputado estadual e soldado Marco Prisco, os alojados foram transferidos após denúncia de sua equipe:” depois da denúncia que a gente fez, quarenta minutos depois, eles retiraram o pessoal de lá, e levaram para outro local. Se a gente não fizesse a denúncia, ia continuar lá do mesmo jeito”, afirmou o deputado.

De acordo com o policial (denunciante), que não quis se identificar, o local está infestado de pernilongos e o café da manhã é colocado junto com a acomoda dos bichos.

Em um áudio, ele ironiza o tratamento que o governo diz estar dando à PM, e completa dizendo que o quadro é preocupante, ainda mais para a saúde dos agentes de segurança:” essa aí é a tal corrente do bem, que trata a polícia muito bem, que são pais dos policiais, os policiais são os filhos deles e que não está tendo greve. Está dando todas as condições aos policiais (…). E aos colegas aí, uma situação como essa, isso aí é um estado de estresse, depressão, ansiedade muito grande, reveja e procure logo um médico para ver sua saúde

Segundo Prisco, os policiais que não aderiram a greve, estão sofrendo várias pressões por parte do governo: “aqueles que não aderiram à greve, têm recebido todo o tipo de pressão do governo, que você possa imaginar como ameaça de transferência”.

A greve

O deputado ratificou que a greve não tem nenhum viés político, que o movimento é extremamente classista, porque o governo não cumpriu o acordo firmado em 2014. E não há previsão de término.

Para o político, o governo usa como tática a tentativa de responsabilizar a categoria grevista:” é uma tática do governo, ele quer jogar a responsabilidade nas costas da gente, mas o movimento é classista. O movimento é porque ele não cumpriu o acordo. Se ele tivesse cumprido, não tinha movimento. Então qual seria a razão para ser um movimento político?”, pontua.

Ainda de acordo com Prisco, a maioria dos policiais que estão na área, não estão trabalhando, nem produzindo. “Normalmente eles saem com a viatura e dão algum destino, mas não têm ido para a área, o que é ruim. E até aqueles que vão para a área também, não estão com nenhum desejo de trabalhar” completou.

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