Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foi preso nesta quarta-feira (23) pela Polícia Federal durante a Operação Sem Desconto. A ação investiga um esquema de descontos irregulares sobre benefícios previdenciários, que teria causado um prejuízo de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Além de Stefanutto, outras cinco pessoas foram detidas, e bens no valor de mais de R$ 1 bilhão foram sequestrados.
Stefanutto, servidor de carreira do INSS desde 2000, foi indicado ao cargo em julho de 2023 pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À época, ele era filiado ao PSB, mas migrou para o PDT em janeiro de 2025. A indicação foi confirmada como sendo de responsabilidade exclusiva de Lupi, que defendeu o amplo direito de defesa do presidente afastado.
Segundo as investigações, o esquema operava por meio de entidades associativas que realizavam cobranças não autorizadas sobre aposentadorias e pensões.
