O presidente do Peru, Martín Vizcarra, enfrenta um julgamento de impeachment nesta segunda-feira (9) devido a alegações de corrupção. Não é a primeira vez que o político se vê numa situação dessas. Ele já sobreviveu a votações que tentaram afastá-lo em setembro deste ano e também no ano passado.
Mesmo sem partido, o centrista Vizcarra tem chances de sobreviver mais uma vez, graças à fragmentação do Parlamento atual. Mesmo assim, a votação é imprevisível.
Para retirar o presidente, o Congresso precisa reunir 87 votos dos 130 parlamentares. Na votação de setembro, só 32 da câmara votaram a favor de sua saída.
Presidente nega acusações
Vizcarra negou as alegações “infundadas” de que aceitou propinas de empresas que obtiveram contratos públicos quando ele era governador de Moquegua, região do sul do Peru. Ele, por sua vez, acusou o Congresso de “brincar com a democracia”.
“Nas últimas semanas, fui atacado sistematicamente através da disseminação de reportagens cujo objetivo principal é danificar a confiança que o povo peruano depositou em mim”, disse Vizcarra em um comunicado na noite de domingo. Da Agência Reuters.