Primeiro-ministro do Japão faz visita histórica ao Irã

Japanese Prime Minister Shinzo Abe and his spouse Akie Abe arrive ahead of the G20 leaders summit in Buenos Aires, Argentina November 29, 2018. REUTERS/Martin Acosta

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, chega hoje (12) ao Irã, dando início a uma viagem histórica ao país do Oriente Médio, com o objetivo de tentar mediar aliviar as crescentes tensões entre os governos iraniano e americano.

Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, na Câmara Baixa do Parlamento, em Tóquio - Agência Reuters

Abe planeja se reunir separadamente com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, e com o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei – Agência Reuters

A visita de dois dias de Abe é a primeira de um premier japonês à nação iraniana desde 1978.

No aeroporto de Haneda, em Tóquio, pouco antes de partir, Abe reconheceu “crescentes tensões” no Oriente Médio e disse: “O Japão quer fazer o máximo possível em prol da paz e da estabilidade na região”.

Durante sua visita, Abe planeja se reunir separadamente com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, e com o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

Em entrevista coletiva em Tóquio, o secretário-chefe do Japão, Yoshihide Suga, disse que Abe havia falado por telefone por cerca de 20 minutos na terça-feira com o presidente Trump e que os dois líderes “trocaram opiniões sobre questões regionais, incluindo a situação no Irã”.

As relações entre os EUA e o Irã se tornaram particularmente tensas desde que Washington se retirou do acordo nuclear de 2015, conhecido como Plano de Ação Integral Conjunto. As relações entre o Irã e os Estados Unidos pioraram quando a nação norte-americana reintroduziu sanções ao país persa e se agravaram ainda mais quando o governo norte-americano despachou um grupo de porta-aviões e bombardeiros B-52 para a região.

Embora detalhes da conversa de terça-feira entre Abe e Trump não tenham sido divulgados, o Japan Times relata que “Abe provavelmente reiterou sua intenção de encorajar o Irã, com o qual o Japão tradicionalmente mantém relações amistosas, a se engajar em diálogo”.

EBC