Em outubro de 2020, a produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, recuou levemente 0,1% frente ao mês imediatamente anterior, após aumentos de 1,5% e 4,3%, respectivamente, em agosto e setembro de 2020. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas nesta quarta-feira (9), sistematizadas e analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).
“O resultado de outubro reflete acomodação após cinco altas sucessivas. A indústria baiana já recuperou quase que totalmente as perdas de março e abril, e agora aguarda nova retomada da demanda por seus produtos que se encontra estável”, ressalta Carla do Nascimento, técnica da SEI.
Devido à influência da pandemia do coronavírus, na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou recuo de 6,5%. No acumulado do ano, a indústria registrou queda de 6,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior. O indicador no acumulado dos últimos 12 meses apresentou redução de 6,2%, frente ao mesmo período anterior.
No confronto de outubro de 2020 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou retração de 6,5%, com seis das 12 atividades pesquisadas, assinalando queda da produção. O setor de Produtos químicos (7,1%) apresentou a principal influência positiva no período, explicada, especialmente, pela maior fabricação de hidróxido de sódio, polietileno linear e princípios ativos para herbicidas. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Celulose, papel e produtos de papel (7,1%), Produtos alimentícios (4,6%), Bebidas (6,1%), Couro, artigos para viagem e calçados (4,7%) e Borracha e material plástico (2,3%).
A principal contribuição negativa foi de Veículos (-32,4%), influenciada, principalmente, pela menor fabricação de automóveis com motor a gasolina, álcool ou bicombustível e painéis ou quadros (incompletos) para instrumentos dos veículos automotores. Outros setores que apresentaram resultados negativos foram: Derivados de petróleo (-6,9%), Metalurgia (-15,0%), Extrativas (-10,1%), Minerais não metálicos (-17,1%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-31,2%).
No acumulado do período de janeiro a outubro de 2020, comparado com o mesmo período do ano anterior, positivamente destacou-se o segmento de Derivados de petróleo que registrou aumento de 18,1%, impulsionado pela maior fabricação de óleos combustíveis, naftas para petroquímica e óleo diesel. Importante ressaltar, também, os resultados positivos assinalados por Celulose, papel e produtos de papel (7,4%) e Bebidas (0,7%).
Fonte: Ascom/SEI