O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversaram por telefone nesta terça-feira (4) para tratar da escalada da guerra na Ucrânia. O diálogo, que durou cerca de 75 minutos, ocorreu em meio a uma nova onda de ataques ucranianos a bases militares russas e ao acirramento das tensões no leste europeu.
Durante a conversa, Putin afirmou que “terá que responder” aos ataques de drones lançados pela Ucrânia, que teriam destruído ao menos 41 aeronaves russas em quatro bases aéreas estratégicas. O presidente russo classificou a ação como um ataque direto à soberania do país e alertou que medidas de retaliação já estão sendo consideradas.
Trump, por sua vez, reconheceu a gravidade da situação, mas disse que “não haverá paz imediata”. Apesar disso, o norte-americano avaliou que o diálogo com Putin foi produtivo, e ressaltou a importância de manter canais abertos de comunicação para evitar um agravamento ainda maior do conflito.
Além da guerra na Ucrânia, os líderes discutiram a situação do programa nuclear do Irã. Putin se mostrou disposto a colaborar com os Estados Unidos na busca por uma solução diplomática para o impasse com o governo iraniano.
No mesmo dia, o Papa Leão XIV também telefonou para Vladimir Putin. Durante a ligação, o pontífice pediu que a Rússia faça um “gesto que promova a paz”. O Papa destacou a necessidade de retomar o diálogo entre as partes envolvidas e afirmou que o Vaticano está disposto a atuar como mediador. Putin agradeceu a iniciativa do líder religioso e informou que há avanços em negociações para trocas de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia.
As conversas ocorrem em um momento de estagnação nas negociações de paz e crescente preocupação da comunidade internacional com o prolongamento do conflito.