Um repórter negro da rede de televisão CNN foi preso em Minneapolis, nos Estados Unidos, enquanto cobria os protestos pela morte de GeorgeFloyd, um homem negro, durante uma abordagem policial. A prisão aconteceu nesta sexta-feira (29), enquanto o repórter fazia uma passagem ao vivo, relatando os protestos.
A cidade já teve diversas manifestações, que acabaram em ações mais agressivas, como o incêndio de uma delegacia. Floyd foi asfixiado até a morte enquanto estava em custódia da polícia de Minneapolis na última segunda-feira (25).
Veja o momento da prisão do repórter, que foi transmitida pela rede de televisão:
A polícia informou que a equipe estava sendo detida porque havia sido solicitada para sair do local e não o fez. O repórter se apresentou e mostrou sua identificação da CNN, mas ainda assim foi preso. Enquanto ele falava, um policial segurou o braço do repórter e começou a algemá-lo.
Segundo a CCN, mais de 100 policiais – com coletes à prova de balas e armados – estavam próximos ao local onde estava sendo realizada a reportagem. A equipe de jornalismo relatava que uma delegacia havia sido incendiada durante a madrugada e que os policiais não estavam naquele prédio. Um outro edifício também foi queimado pelos manifestantes. Logo após a prisão do repórter, sua câmera foi colocada no chão e continuou a transmitir ao vivo os protestos no local.
Caso George Floyd
Segundo informações da polícia, Floyd era suspeito de fazer compras com notas falsas. Durante a abordagem, um policial se ajoelhou no pescoço de Floyd por quase oito minutos, enquanto ele se queixava por não conseguia respirar. A imagem com a asfixia rodou o mundo. Logo após a situação, Floyd morreu.
Uma onda de protestos tomou conta dos Estados Unidos durante a semana, mas as manifestções mais intensas se concentram em Minneapolis. No Twitter, o prefeito de St. Paul, Melvin Carter, pediu que as pessoas não participem da nova manifestação. “Por favor, fique em casa. Por favor, não venha aqui para protestar. Por favor, mantenha o foco em George Floyd, em avançar nosso movimento e em impedir que isso aconteça novamente. Todos nós podemos estar juntos nessa luta”, escreveu.O Ministério Público dos EUA e o FBI informaram que iniciaram uma investigação criminal robusta sobre a morte de Floyd.