Um protesto de funcionários da empresa de transporte de passageiros Falcão Real fechou a saída da rodoviária, em Salvador, impedindo a saída de ônibus do local. Eles reivindicavam salários atrasados e direitos que não foram pagos. Por volta das 9h, os manifestantes liberaram a saída dos ônibus.
A reportagem tentou posicionamento da empresa, mas não conseguiu contato. Foi a garagem da empresa que foi atingida por um incêndio no sábado (23), causando a destruição de diversos ônibus.
O protesto foi iniciado por volta das 7h, e os manifestantes usaram objetos para fechar a saída do terminal.
Uma equipe da Polícia Militar (PM) foi encaminhada ao local, mas os manifestantes disseram que só iriam liberar a passagem dos coletivos após a presença de algum representante da Agerba, para negociar com a empresa a situação deles.
Em nota, a Agerba afirmou que cerca de 30 horários regulares sofreram atrasos por causa do protesto, mas que representantes da entidade estiveram no local e solicitaram a abertura de meia pista, que foi acatada pelo grupo.
A empresa Falcão Real foi proibida de atuar no estado desde dezembro de 2020, por decisão judicial. A medida foi tomada depois que a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) informou que a empresa oferecia um mau serviço.
Segundo a Agerba, antes de ter atuação suspensa, a empresa foi acionada para que fizesse adequações no serviço. Como os ajustes não foram feitos, a Falcão foi proibida de circular.
Os funcionários dizem que estão sem trabalhar desde março de 2020, e que estão com salários atrasados e outros benefícios cancelados.
“Estamos reivindicando aqui, porque desde março estamos sem trabalhar. A quinzena não foi paga, plano de saúde cancelou em abril, tíquete cancelou em abril. Não dão uma satisfação desde março”, falou um dos manifestantes.
Incêndio
Ônibus da empresa Falcão Real, que estavam em uma garagem que fica próxima à rodoviária de Salvador, foram atingidos por um incêndio, por volta das 11h30 de sábado (23). Doze coletivos ficaram destruídos. Não houve feridos.
Um funcionário contou que o incêndio começou na parte de trás da garagem e, quando foi percebido, eles já não tinham como fazer o combate. Casas que ficam próximas à garagem não foram atingidas pelo fogo, mas foram tomadas pela fuligem.
Moradores vizinhos à garagem relataram ter tido prejuízos causados pelas chamas. Apesar das casas não terem sido atingidas diretamente pelo fogo, o calor destruiu portas, janelas e equipamentos plásticos dos imóveis.
Além disso, os moradores relataram temer a queda de um muro que separa as residências do espaço atingido pelo incêndio. O muro ficou comprometido depois do incêndio e vai precisar ser derrubado. Informações do G1.