Senado se prepara para votar piso salarial e jornada digna para profissionais de Enfermagem

Após mais de 30 anos de luta dos profissionais de Enfermagem em defesa de um piso salarial justo e de uma jornada digna de trabalho, o Senado Federal finalmente se prepara para colocar em votação o #PL2564, de autoria do senador Fabiano Contarato e de relatoria da senadora Zenaide Maia.

A proposta fixa piso salarial de R$ 7.315,00 para enfermeiros, R$ 5.120,50 para técnicos e R$ 3.657,50 para auxiliares e parteiras, valores correspondentes a uma jornada de 30 horas semanais de trabalho.

Desesperadas, as corporações donas de hospitais e de planos de saúde enviaram um ofício ao presidente do Senado Rodrigo Pacheco, para tentar impedir a votação do projeto, alegando que estão em dificuldades financeiras e que são incapazes de pagar um piso salarial justo para seus empregados.

Não obstante, isso é mentira. Os planos e hospitais privados estão lucrando como nunca. De acordo com dados da ANS, considerando apenas os primeiros 9 meses de 2020, as operadoras tiveram lucro líquido de R$ 15 bilhões e o grupo formado pelos 122 maiores hospitais privados do país encerraram o ano passado com lucro líquido de R$ 30,6 bilhões.

A fortuna do fundador da Rede D’or é estimada em R$ 40 bilhões, mas esse empresário não pode pagar um piso salarial justo a seus funcionários. É isso o que querem fazer a sociedade brasileira acreditar, enquanto ameaçam fechar santas casas e hospitais filantrópicos, caso o piso salarial da Enfermagem seja aprovado.

Enquanto essas corporações acumulam lucros exorbitantes e os profissionais de Enfermagem se matam em jornadas duplas por salários miseráveis, cresce a fila de jovens desempregados que se formaram, mas nunca encontram uma oportunidade, justamente devido a esse comportamento predatório dos empresários da saúde.

Por todos eles e pelos que estão na linha de frente, dando a vida para salvar vidas, o Senado Federal precisa levar adiante a discussão e a votação do piso salarial e da jornada digna da Enfermagem.

Fonte: Coren DF