O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado da Bahia (Sindicam), Jorge Carlos da Silva, afirmou que a associação vai apoiar os caminhoneiros que decidirem cruzar os braços nesta segunda-feira, 1º, como uma forma de pressionar pela isenção de impostos nos derivados de petróleo, para derrubar as despesas com combustível.
Entretanto, ele rejeita a opção de fechar estradas e fazer barricadas nas BRs. “Se for fazer bloqueio, barreira, a polícia e a PF não vão deixar, então temos que ter muito cuidado nessas horas para não cometer muita bobagem, para não sofrer mais do que estamos sofrendo”, disse ele ao Portal A TARDE.
“O que estamos precisando é que se coloque uma pauta com aproximadamente 10 a 12 itens, estamos pedindo preço mínimo do frete, EPIs para a gente trabalhar com segurança, muitas coisas que são necessárias. Precisamos baixar o diesel, aí as coisas começam a melhorar e vamos poder trabalhar normalmente”, completou.
Os motoristas pedem isenção de impostos nos derivados de petróleo, para derrubar as despesas com combustível, pneus e itens de manutenção; fiscalização nas estradas que garanta o cumprimento da lei que estabelece piso mínimo do frete; gratuidade nos pedágios e outros itens.
Há três anos, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, a paralisação de 10 dias afetou todo o sistema de distribuição e, consequentemente, a economia do país. O receio é que uma nova greve da categoria aprofunde a crise causada pela Covid-19.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a fazer um apelo aos motoristas para que adiassem a greve. Na ocasião, ele disse que o governo estuda formas de reduzir o PIS/Cofins e o preço do diesel, mas que a saída não será fácil.
O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, afirmou ao UOL que a situação agora é “pior” do que a de 2018 e que até 80% dos caminhoneiros poderão aderir à mobilização, que é apoiada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
A orientação, conforme o representante, é que os caminhoneiros não interditem totalmente as pistas e que ônibus e caminhões com insumos hospitalares e carga viva tenham livre passagem. Ele afirma ainda que a duração da mobilização vai depender de um acordo com o governo. Informações do Portal A Tarde.