Taxa de ocupação de leitos de UTI em Salvador sobe para 75% e secretário explica avaliação para 2ª fase de reabertura do comércio

Foto: Divulgação/Prefeitura de Salvador

Após o prefeito ACM Neto celebrar os 68% da taxa de ocupação dos leitos de UTI e Salvador, na última sexta-feira (31), o índice voltou a aumentar. Conforme boletim da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) no domingo (2), a capital baiana alcançou 75% da ocupação dos leitos de UTI adulto.

Esse leitos são os que contam para a flexibilização do comércio na capital baiana. Em entrevista ao Jornal da Manhã nesta segunda-feira (3), o secretário municipal da Saúde, Leo Prates, explicou sobre a avaliação e detalhou que esse crescimento não significa que a 2ª fase de reabertura do comércio será suspensa.

“Essa segunda fase nós avaliamos cinco dias dentro dos 14 dias de avaliação, até o dia 7 [de agosto]. Nós já tivemos dois dias abaixo de 70% e restariam três dias. Nós necessitamos de três dias abaixo dos 70%, conforme o protocolo atual estabelecido, para reiniciar a retomada da fase dois. Dois dias já foram cumpridos, nós necessitamos nesta semana, até sexta-feira, de mais três dias”, explicou.

Para a reabertura da fase um, que incluiu o funcionamento dos shoppings, foram necessários cinco dias consecutivos com taxa de ocupação abaixo de 70%, para que fosse avaliada a abertura do comércio. Nesta segunda fase, os dias consecutivos não são necessários.

“Todo esse perfil de UTI traçado é para demonstrar, para nos dar segurança de que houve uma estabilização. Primeiro o fator R está há mais de 20 dias abaixo de 1. Esse fator é que demonstra o número de cada pessoa contaminada, ou seja, as pessoas começam a entender a gravidade do vírus, e tem pessoas que estão contaminadas, mas não estão contaminando ninguém. Depois, na sexta-feira, pela primeira vez, nós conseguimos, junto ao governo do estado, zerar as filas nas UPAs municipais”, conta.

Segundo Prates, às 18h de sexta-feira, não havia mais nenhum paciente a ser regulado nas Unidades de Pronto Atendimento de Salvador.

“Há um recuo da média móvel em todas as faixas, inclusive em óbitos. A taxa de ocupação dos leitos de UTI é um parâmetro para que nós verifiquemos essa estabilização. Por isso, esse período de 14 dias é necessário para ver o impacto da fase um e se nós teremos condições de iniciar a fase 2. Por isso não precisa ser consecutivo”, explica.

O secretário também detalhou sobre a situação atual nas UPAs de Salvador nesta segunda-feira.

“Eu só tenho cinco pacientes em UPAs para regular. As UPAs de Salvador, segunda-feira normalmente é nosso pior dia. Nesse momento, tem dois pacientes de clínica médica e três de UTI a serem regulados. No dia de ontem, tivemos 22 pacientes regulados. Nós já tivemos aí de regularmos 60 pessoas”, diz.

Apesar do panorama e dados apresentados em Salvador, Leo Prates destacou que ainda é cedo para que se tenha uma noção de como será a ocupação dos leitos na capital baiana.

“A partir de agora, vamos começar a sentir os impactos da abertura da primeira fase. Ainda é muito cedo. Terça ou quarta-feira, para ter um cenário mais claro de como vai ficar esse índice de taxa de ocupação de leitos de UTI, em Salvador. A taxa de ocupação dos leitos de UTI é um dos principais indicadores para a tomada de decisão, mas é preciso se acompanhar também variações positivas. Na semana passada, chegamos a ter uma taxa de 68% da ocupação de leitos. Vamos continuar o trabalho para fazer a retomada econômica, mas com segurança, colocando em primeiro lugar a vida”, concluiu. Informações do G1.