O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do novo coronavírus, que já deixou mais de 17 milhões de infectados e um mundo em quarentena no primeiro semestre, e agora prepara um evento igualmente preocupante para a segunda metade do ano: a temporada de furacões do Atlântico.
Apesar de o fenômeno acontecer todos os anos entre os meses de julho e outubro, a temporada deste ano pode ser maior, pior e mais destrutiva que a dos anos anteriores.
Uma temporada de furacões costuma ter 12 furacões, variando entre tempestades tropicais e tornados formados, mas neste ano, algo entre 13 a 19 furacões são esperados, dizem especialistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) ouvidos pela revista National Geographic. Pelo menos 6 deles, com alto potencial de destruição.
A temporada já começou, com a tempestade tropical Douglas chegando perto da costa dos EUA e o furacão Hanna passando pelo Texas e pelo México no final de semana passada. Uma nova tempestade, chamada Isaías, está sendo acompanhada e está chegando no Caribe.
Como os furacões se formam
Para um furacão nascer é preciso água quente, e com o aquecimento global, a temperatura dos oceanos e dos continentes não para de subir, especialmente na região da Costa Leste, Golfo do México e Mar do Caribe, onde esses furacões são formados, diz a National Geographic.
Com a água quente, as tempestades começam a alternar entre alta e baixa pressão atmosférica e se intensificar, e se a água estiver quente o suficiente, o furacão consegue girar mais rápido e consegue durar mais tempo.
A temperatura do Atlântico é a quarta mais alta desde o começo dos registros da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional. Os anos anteriores com recordes foram 2005, com o furacão Katrina, um dos maiores furacões da história dos EUA, 2010 e 2017, com o furacão Maria, um dos mais destrutivos do Caribe.
Furacões no ano da pandemia
Com uma pandemia ainda ativa nos EUA, o país mais afetado pelo coronavírus, e ressurgindo no Caribe, os planos de evacuação tiveram que ser atualizados, pensando em como manter as pessoas seguras de eventuais furacões e da covid-19.
Grupos de socorristas já estão pensando em estratégias que permitam o distanciamento social durante as evacuações e em ginásios, caso a população tenha que se refugiar em espaços comunitários durante a chegada das tempestades.
Mesmo sendo possível prever o número de furacões em uma temporada, é impossível prever com certeza qual será o curso do tornado e qual será a intensidade. Informações do R7.