TJ-SP quebra sigilo telefônico de PMs envolvidos em ação no Baile da Dz7

O TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) quebrou o sigilo telefônico dos 31 policiais militares investigados pela ação que deixou nove pessoas mortas e 12 feridas no Baile da Dz7, em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, em dezembro do ano passado.

Na última semana, o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) havia solicitado à Polícia Civil os números dos celulares dos PMs envolvidos. O objetivo é apurar se, além das comunicações pelo Copom, houve comunicação pelos telefones pessoais de cada um deles.

Na ocasião, nove jovens morreram pisoteadas durante a ação de policiais militares no baile funk que acontece dentro da favela de Paraisópolis, na região do Morumbi. Além dos mortos, 12 pessoas ficaram feridas.

De acordo com a Polícia Militar, equipes da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) estavam perseguindo dois homens, em uma moto preta. A dupla, ainda segundo a PM, estava armada e atirou contra os policiais militares.

Durante a perseguição, os homens teriam entrado no baile funk, que acontecia na comunidade. A estimativa é que no evento havia cerca de cinco mil pessoas.

Outras equipes da Polícia Militar foram acionadas para o local e ao chegarem no endereço, segundo a versão da Polícia Militar, elas foram recebidas com hostilidade. Os participantes do baile teriam arremessado pedras e garrafas.

As equipes de Força Tática utilizaram munições químicas para dispersar a multidão. Durante a ação, pessoas que participavam do baile funk, ficaram feridas, após serem pisoteadas. O resgate foi acionado, porém, apenas uma unidade de resgate conseguiu acessar o local. O motivo da dificuldade de acesso das equipes de resgate não foi esclarecido.

Os feridos foram levados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Campo Limpo, para o Hospital do Campo Limpo e para a AMA (Assistência Médica Ambulatorial) Paraisópolis. Do total de 21 feridos, nove pessoas morreram. Inicialmente, todas morreram pisoteadas.

A Associação de Moradores de Paraisópolis afirma que os participantes do evento foram encurralados em becos e vielas durante a ação dos policiais militares. Os moradores dizem também que com frequência ocorrem ações de dispersão, na comunidade, causando correria e violência. Informações do R7.