Tricolor busca revanche contra o Ceará após derrota no Nordestão

Foto: Felipe Oliveira/ ECB

O Bahia enfrenta neste domingo, 23, um adversário contra quem não vence desde novembro de 2018: o Ceará, na Arena Castelão, às 20h. Desde então, foram cinco jogos, com dois empates e três derrotas para o Tricolor. As duas mais marcantes ocorreram na final da Copa do Nordeste deste ano, quando o Vozão venceu o Esquadrão por 3 a 1 e 1 a 0, em Pituaçu.

Apesar disso, quando analisado o retrospecto em competições nacionais, o Bahia mostra vantagem nos confrontos diretos. Contando Taça Brasil e séries A e B do Brasileirão, são 33 jogos, com 12 triunfos baianos 12 empates e 10 vitórias cearenses. Se for feito um recorte para analisar apenas a Série A, o número melhora: são 14 jogos, sete triunfos, três empates e quatro derrotas do Esquadrão.

Sendo assim, a revanche de hoje é a chance de o Bahia mostrar a superioridade retratada em números históricos, mas que não tem sido vista em campo ultimamente. A curiosidade é que em 2015 o Tricolor também tinha perdido os dois jogos da final da Copa do Nordeste para o Ceará. Mais tarde, os clubes duelaram pela Série B, duas vezes, e o Bahia levou a melhor: triunfo por 1 a 0 na Fonte Nova e empate por 2 a 2 no Castelão. O resultado do primeiro jogo, inclusive, colocou o Esquadrão na quinta colocação à época, e o Ceará na 19ª. Porém, o Tricolor não conseguiu o acesso ao final do ano: terminou em 9º. O Vozão ficou com a 15ª posição.

Quando o assunto é o número de participações na Primeira Divisão nacional, ponto para o Bahia também: tem o dobro de presenças, com 48, ante 24 do rival nordestino. Desde o início da era dos pontos corridos, o Ceará teve quatro aparições na Série A, sendo o 12º lugar sua melhor marca. O Esquadrão, por sua vez, participou da Primeira Divisão oito vezes. Seus melhores anos em termos de posição foram 2018 e 2019 (11º lugar).

Além dos fatores já citados, o investimento também é superior. Enquanto o Ceará aprovou um orçamento de R$ 100 milhões para este ano, o Bahia aprovou um de R$ 179 milhões. Já em relação à folha salarial, a do Tricolor é a maior do Nordeste (R$ 3,5 milhões). O Vozão vem logo atrás na região, com R$ 3 milhões.

Momento

A fase dos dois clubes também é contrastante. O Ceará disputou quatro jogos na Série A de 2020 até agora, e conquistou apenas um ponto. A equipe treinada por Guto Ferreira amarga a 19ª colocação na tabela, e vem de derrota por 3 a 0 para o Vasco. O Vozão tem a pior defesa do campeonato, com nove gols sofridos.

O Bahia, em três partidas, já soma sete pontos, está no G-4 do Brasileirão, invicto, e iniciou a rodada até com chance de assumir a liderança, o que é bem difícil. Para começar, o time de Roger Machado precisa vencer por quatro gols de diferença. Depois, esperaria um empate entre Inter e Atlético-MG, que se enfrentariam ontem, após o fechamento desta página, e que o Vasco não vença o Grêmio hoje.

O que preocupa o torcedor é o desempenho nos jogos. Contra Coritiba e Red Bull Bragantino, o time sofreu mais do que deveria. Contra o São Paulo, porém, houve evolução. O Bahia poderia ter saído com o triunfo, se tivesse aproveitado as chances que desperdiçou.

A principal esperança de gols é o atacante Gilberto, que voltou ao time titular na terceira rodada, contra o Bragantino. O artilheiro ainda não balançou as redes na Série A.

Para o jogo de hoje, o Bahia não contará com o goleiro Douglas. Ele machucou a parte posterior da coxa direita, e o médico Luiz Sapucaia já descartou a presença do atleta na meta tricolor. Anderson, que havia perdido a posição, deve ser o substituto. Ele entrou no lugar de Douglas durante o confronto com o São Paulo. Informações do Portal A Tarde.