De acordo com o Vitória, diante das consequências da pandemia, que provocou o fechamento de empresas e perda de empregos, foi necessário realizar ajustes na situação dos colaboradores.
O clube, portanto, estabeleceu, dentre outros pontos, redução da jornada de trabalho, com “turnão” de seis horas. Também devem permanecem em home-office todos os profissionais cujas funções permitam esse tipo de atividade.
Também foi estabelecida redução de, no máximo, “25% dos salários”, observado o piso de R$ 1,5 mil e as exceções. Diretor jurídico do clube, Dilson Pereira Junior explica que quem ganha abaixo desse valor não vai sofrer mudança nos vencimentos.
– A redução de jornada de trabalho será em um valor até maior que a redução de salário. E cada líder vai adotar qual a metodologia, método de trabalho que o colaborador vai desempenhar. Só vai sofrer redução quem ganha acima de R$ 1,5 mil. Quem ganha abaixo, não vai ter. Redução de carga horária vai ser mantida mesmo para quem esteja nesse teto – explica o diretor.
O Vitória afirma que as mudanças decorrem de lei e da necessidade de preservas empregos e a saúde dos colaboradores. Os profissionais ficam, portanto, convocados para assinar o termo de ciência até o dia 15 de janeiro.
– A situação é pelo prolongamento do estado de pandemia. Temos aumento no número de casos de infecções. Então, o Vitória adotou situação prevista na CLT para preservar empregos e também a saúde dos colaboradores. Os efeitos da pandemia estão com tempo mais duradouro que se esperava. Faz agravar crise financeira, Vitória perde em captação de recursos, deixa de arrecadar com bilheteria, estacionamento. O sócio torcedor caiu mais de 50%. Tudo isso gera uma situação – conclui Dilson.
Crise financeira
O Vitória atravessa grave crise financeira. Por conta das dívidas, o clube está proibido de contratar novos jogadores. Em outubro de 2020, funcionários do clube relataram salários atrasados. Na época, a situação também acontecia com alguns jogadores.
Antes, em janeiro, a queixa era referente a atraso em um mês, 13º e férias. O clube classificou as denúncias como fake news. Em fevereiro, jogadores do sub-23 chegaram a ameaçar não treinar por conta dos atrasos. Um funcionário, inclusive, relatou ameaças por parte do presidente do clube, Paulo Carneiro.
A situação financeira complicada foi inclusive a justificativa do Vitória para a demissão do técnico Geninho, durante a pausa no futebol por conta da pandemia do coronavírus. Informações do Globo Esporte Bahia.