Uma enfermeira que trabalhava em um centro de imigrantes na Geórgia, nos Estados Unidos, denunciou às autoridades que o local fazia cirurgias irregulares de remoção completa ou parcial do útero das mulheres detidas, além de não realizar testes de covid-19 nos presos.
A denúncia surpreendeu autoridades migratórias e parlamentares americanos, principalmente democratas, que informaram na terça-feira (16) que vão investigar a acusação.
A denunciante, identificada como Dawn Wooten, disse que no centro é difícil não encontrar uma mulher que tenta passado pela cirurgia ou que não conheça alguém que se submeteu à operação. No relatório da denúncia, ela conta que uma jovem passou pelo médico para retirar o ovário esquerdo, que tinha um cisto. Na operação, retiraram o direito. Quando ela voltou à mesa de cirurgia, retiraram todo o útero.
Wooten também diz que as mulheres não entendiam o que estava acontecendo e quais as consequências da cirurgia.
Procurada pela CNN, a agência de Imigração e Alfândega dos EUA, o ICE, na sigla em inglês, disse que não comenta casos isolados, mas vai averiguar a situação e garantiu que este tipo de operação não seria feito sem o consentimento da paciente. Via R7.