A ideia apresentada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) pelo deputado Angelo Almeida (PSB), em indicação ao governador Rui Costa, é que as secretarias estaduais de Saúde e Educação implantem, em parceria, um programa de distribuição de absorventes e/ou coletores menstruais para as estudantes de baixa renda. A distribuição deve ser feita a adolescentes dos anos finais da rede pública de ensino.
Angelo ressalta que acessar produtos de higiene pessoal, saneamento básico e educação adequada para lidar com o período menstrual não é uma realidade que abrace todas as mulheres da Bahia. Além disso, muitas jovens sequer têm recurso para adquirir os absorventes necessários, o que faz com que muitas delas deixem de ir à escola nos dias em que estão menstruadas. “Nesse contexto, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançaram relatório que traça um panorama alarmante da realidade menstrual vivida por meninas brasileiras.
De acordo com o estudo ‘Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos’, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas”, informa o deputado. Angelo reforça que, diante dessa realidade, a distribuição de absorventes ou coletores menstruais já vem ocorrendo em diversos estados do país, a exemplo do Ceará, Maranhão, São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro, e também no Distrito Federal. “Vale ressaltar que no caso dos coletores, a distribuição deve ser acompanhada de informações sobre os cuidados necessários com o objeto”, salienta o parlame