Os valores desviados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), estimados em R$ 6,3 bilhões, deverão ser devolvidos aos aposentados e pensionistas lesados. Para viabilizar a restituição, os bens apreendidos durante a investigação, como dinheiro em espécie, imóveis e objetos de luxo, serão utilizados. Caso o montante recuperado seja insuficiente, o governo assegurou que completará a diferença para garantir que todos os prejudicados sejam ressarcidos.
As fraudes, que ocorreram entre 2019 e 2024, envolveram descontos ilegais aplicados nos benefícios sem o consentimento dos beneficiários. Muitos desses descontos foram justificados por associações fictícias, que alegavam oferecer serviços como planos de saúde ou academias, utilizando documentos forjados.
Ao concederem entrevista coletiva para tratar da operação, os ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, da Previdência Social, Carlos Lupi, e da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho, foram unânimes ao afirmar que os valores descontados ilegalmente deverão ser, em algum momento, restituídos aos prejudicados. Nenhum deles, contudo, arriscou uma data para que os eventuais prejudicados sejam ressarcidos.
“Cada caso terá que ser examinado individualmente. Obviamente, mediante requisição, apuração interna, esse dinheiro, um dia, terá que ser restituído para aqueles dos quais foi retirado indevidamente”, disse o ministro Ricardo Lewandowski.
“Quanto à questão da devolução [dos valores deduzidos ilegalmente dos benefícios], cada caso é um caso. Vamos aguardar pelo desfecho desta operação para, depois, vermos as atitudes cabíveis”, reforçou Carlos Lupi..
