Foi em 25 de novembro de 2007 que o episódio mais trágico do futebol baiano acontece. Há exatos 14 anos, uma parte do anel superior da antiga Fonte Nova desabou e queda acabou matando sete torcedores do Bahia, que estavam no estádio para o jogo contra o Vila Nova, pela Série C. A partida decidiria o acesso do time à segunda divisão após dois anos no escalão mais baixo do futebol brasileiro – na época não existia a Série D.
Márcia Santos Cruz, Jadson Celestino Araújo Silva, Milena Vasquez Palmeira, Djalma Lima Santos, Anísio Marques Neto, Midiã Andrade Santos e Joselito Lima Júnior perderam a vida na tragédia.
Na época, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou por homicídio culposo e lesão corporal de natureza culposa o ex-jogador e ídolo do Bahia Raimundo Nonato Tavares, o Bobô, além do engenheiro Nilo dos Santos Júnior, então diretor-geral e diretor de Operações da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), respectivamente. De acordo com o promotor responsável pelo caso, Nivaldo Aquino, eles foram qualificados como co-autores da tragédia.
Em 14 de agosto de 2009, o juiz substituto da 10ª Vara Crime de Salvador, José Reginaldo Nogueira, decidiu absolver os réus. O magistrado entendeu, na ocasião, que as provas apresentadas pelo MP-BA eram insuficientes. No entanto, o promotor de Justiça Maurício Cerqueira recorreu da decisão três dias depois. Em julgamento realizado em julho de 2010, a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia julgou improcedente o recurso e manteve a decisão do juízo de primeiro grau, que decidiu não culpar ninguém.
Mais de 60 mil pessoas festejaram o acesso do time após o jogo e só tomaram conhecimento da tragédia horas depois. O duelo entre Bahia e Vila Nova foi o último na antiga Fonte Nova. O estádio foi demolido em 29 de agosto de 2010 para a construção da Arena Fonte Nova para a Copa do Mundo de 2014. Informações do Metro1.